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quinta-feira, 24 de maio de 2012

VERSO & PROSA

Por Fabiane Seleme




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"Não há felicidade nem infelicidade neste mundo, há apenas a comparação de um estado com outro. Apenas um homem que sentiu o desespero final é capaz de sentir a felicidade suprema. A soma de toda a sabedoria humana será contida nestas duas palavras: esperar e ter esperança."
Alexandre Dumas

Força de Vontade (História da Cotovia)

Já era tarde quando a cotovia retornava ao lar nos altos ramos de uma árvore, exausta por mais um dia a procura de minhocas, mas feliz por ter êxito em seus planejamentos de sobrevivência. Já se preparava para repousar pois sabia que no outro dia tudo aconteceria novamente e que deveria estar preparada para isso.

Livre de qualquer perigo, avistou um viajante caminhando pela floresta com uma misteriosa caixinha preta embaixo do braço. A cotovia voou e pousou no ombro do viajante. ‘O que você leva nessa caixinha preta?’ perguntou o pássaro.
‘Minhocas’, respondeu o viajante.
‘São para vender?’
‘São, e bem baratas. Só uma pena por minhoca’.

A cotovia pensou um pouco. "Devo ter um milhão de penas". Não vou sentir falta de uma só. Esta é uma boa oportunidade de conseguir a refeição de amanhã sem nenhum esforço. Então disse que compraria uma. Procurou cuidadosamente embaixo da asa uma pena bem pequena. Estremeceu um pouco ao arrancá-la, mas o tamanho e a qualidade da minhoca fizeram-na logo esquecer a dor. Lá em cima, na árvore, pela manhã começou a cantar com a mesma beleza de antes.

No dia seguinte o homem também apareceu, e mais uma vez ela trocou uma pena por uma minhoca. Que modo maravilhoso e fácil de conseguir um jantar!
Dali para a frente, todo o dia a cotovia entregava uma pena, e cada perda parecia doer menos e menos. No começo tinha tantas penas, mas com o passar dos dias sentiu que foi ficando mais difícil voar. Finalmente, após perder uma de suas últimas penas, não conseguia mais alcançar o topo da árvore, muito menos voar tão alto como antes. Esvoaçava no máximo dois metros e via-se forçada a procurar alimento junto com os belicosos pardais.

O vendedor de minhocas não apareceu mais, pois não havia mais penas para pagar as refeições. A cotovia deixou de cantar, pois sentia-se fraca e sem disposição. Durante a noite chamou suas amigas e filhos e ressaltou a importância de ter força de vontade, de usar a seu favor o esforço diário e agradecer pela beleza de seu exterior, que nada mais é do que uma máquina de extrema perfeição que deve ser conservada e amada.

Na manhã seguinte já sem forças para procurar alimento, voar, cantar, a ave foi surpreendida pelo mesmo viajante, que deu o bote fatal, ela tentou conversar e entender o ocorrido, mas foi tarde demais, o viajante era um caçador que planejou lentamente a captura da cotovia.





 AQUELE ABRAÇO

 "Quando nasce um bebê 
Nasce uma mãe
Nasce um silêncio
Nasce a saudade
Nasce a amizade
Quando nasce um bebê, a vida renasce"
(Jonhson´s baby)

Primeiro mês da CAROLINA !!Muitos abraços e beijinhos!

 


 










"Outono é outra primavera, cada folha uma flor." Albert Camus



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